O personagem foi criado pelo romancista norte-americano Michael Chabon, como forma de homenagem às HQs de super-heróis. Sua invenção resume o principal ingrediente desse universo idealizado na década de 1930: o protagonista acaba sendo preso e precisa encontrar uma maneira mirabolante de escapar. O herói apresenta grande influência do famoso mágico e escapista Harry Houdini (1874-1926).
Acompanhado de seus ajudantes, o mestre do subterfúgio deixa o espaço secreto existente no Teatro Empire, de Empire City, e viaja por diversos locais do mundo disposto a prestar socorro a todos que estiverem sofrendo com as ‘correntes da opressão''.
Diferentes estilos de desenhos e tipos de abordagens em torno do significado do personagem podem ser vistos em dez histórias.
Destaque para capítulo feito pelo saudoso Will Eisner (1917-2005). Considerado o ‘pai dos quadrinhos'', Eisner busca a simplicidade para unir o Escapista ao enigmático Spirit, seu personagem mais conhecido. A participação na coletânea ocorreu pouco antes de sua morte e o conto foi seu trabalho derradeiro.
No capítulo Escapismo 101, leitores terão acesso a todas as fases do herói, com direito a curiosidades. Galeria e biografia dos autores completam o livro.
Lembrou do Escapista? Então...
Esqueça boa parte do que você leu até então. Ao contrário do que é mostrado em páginas de As Incríveis Aventuras do Escapista, tudo é uma grande farsa (apenas sua história, não a participação de outros desenhistas). Tratar o Escapista como celebridade das antigas é uma brincadeira da obra que foi reproduzida no início desta reportagem.
Na verdade, a trajetória do personagem é recente. Ele nasceu no livro As Incríveis Aventuras de Kavalier & Clay, também de Michael Chabon. A publicação tem como pano de fundo os anos 1930 e apresenta os primos Joe e Sam criando o Escapista para seguir a nova onda de entretenimento que surgia. O projeto da HQ agora ganha vida própria por meio de contos elaborados especialmente para o super-herói.
Del Manto afirma: "Ele nunca fez parte da nossa história sobre os quadrinhos nem foi publicado na era de ouro ou na de prata...". O Escapista pode não ter existido no passado, mas tem potencial para ter sido um ícone.
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