quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Beatlemania renasce nos games

A metade da primeira década do século 21 marcou o surgimento de uma leva de jogos com temáticas musicais que têm invadido o mundo dos games. A revolução do subgênero deve ocorrer na quarta-feira, com o lançamento do aguardado The Beatles: Rock Band, que chega para PlayStation 3, Xbox 360 e Wii. O preço sugerido da versão para os brasileiros é de R$ 269,90 (sem contar as versões com os instrumentos e os jogos adquiridos de maneira mais "simples" e sem imposto).

Com o controle nas mãos ­ seja ele convencional ou um dos instrumentos caprichadamente similares aos que o quarteto usava ­, os fãs poderão embarcar em uma viagem pelos oito anos em que John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr estiveram juntos e revolucionaram o rock. Para ter noção de o quão fodástico o jogo é, aperta o play no trailer (que parou a E3 do ano passado).



As apresentações acompanham a cronologia da banda, iniciando com as primeiras apresentações ao estilo almofadinha, passando pelo marcante psicodelismo de Sgt. Pepper's e chegando até a derradeira performance no topo do estúdio Abbey Road. Quando não estão no palco, podem ser vistos em cenários que remetem à época correspondente.

Dá uma olhada nessa pequena cronologia.

O set list do game conta com um total de 45 músicas lançadas em trabalhos que datam entre os anos de 1962 e 1969. Segundo os produtores, a seleção musical jogável ocorreu por grau de diversão, e não pela popularidade das canções. A lista conta com sucessos como Twist and Shout, I Want to Hold Your Hand, Yellow Submarine, Come Together e Get Back. All You Need is Love não consta no repertório oficial, mas os donos do Xbox 360 poderão comprá-la na rede online da plataforma por tempo limitado ­ assim como o álbum completo Abbey Road.

Apesar de não poder ser tocada, destaque para um single de Natal especial feito em 1963 para o fã-clube oficial do grupo que pode ser ouvido entre as fases.
Com o crescimento da popularidade dos jogos musicais e de seu mercado de, somente em 2008, cerca de US$ 2 bilhões, foi natural trazer a obra dos quatro garotos de Liverpool para o mundo virtual. A mente idealizadora do projeto é de Giles Martin. Ele é filho do emblemático George Martin, produtor de grande parte dos trabalhos dos Beatles e considerado o quinto elemento da banda. O trabalho demorou dois anos para ser finalizado e teve o constante acompanhamento de Paul, Ringo, Olivia Harrison, ex-mulher de George, e Yoko Ono, viúva de John, responsáveis por tudo que é relacionado aos Fab Four.

The Beatles: Rock Band parece utilizar o máximo potencial gráfico dos videogames da nova geraç ã o . A aparência, as expressões, as roupas e os cenários mostrados atingem um nível de perfeição que tem chamado a atenção do público e dos críticos. A expectativa em relação ao sucesso do jogo é tamanha que ele é o primeiro derivado do gênero em que o nome da banda surge antes da marca da série.

Quase 50 anos depois de o grupo ter surgido na Inglaterra, e dali iniciar uma onda que mudaria para sempre a música, parece que seu trabalho continua a influenciar os meio de entretenimento. É necessário que a atual geração de jogadores mantenha a mesma devoção que seus pais tinham pelo quarteto para que os Beatles voltem ao topo do mundo artístico.
Que a Beatlemania recomeçe!!!
See You In The Other Post

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Projeto 10 elevado a 100 do Google!



É isso ai galera, o Google selecionou algumas idéias com base em milhares de sugestões de internautas, e agora está pedindo que votemos nas nossas preferidas.


As idéias mais votadas serão consideradas pelo Google no desenvolvimento da sua plataforma de software do futuro. Na verdade já existe até um orçamento de 10 milhões de dólares aprovado para a execução dos projetos.


Acesse e vote!


http://www.project10tothe100.com/


sábado, 26 de setembro de 2009

Adaptação e o egoísmo


Charlie Kaufman fez o maior pesadelo metalingüístico de todos os tempos. Um filme dentro de um filme de uma maneira inimaginável. E quase ninguém lembra desse filme, desse marco na carreira de todos envolvidos. E eu fico feliz com isso.


O filme do qual eu falo é Adaptação, lançado nos EUA em 2002, e como o propósito dessa coluna é fazer você ver filmes que deveria ver, caso não tenha visto, pare tudo o que você está fazendo e vá assistir.



Ou continue lendo.

Entregaram para o gênio dos roteiros, Charlie Kaufman, notório depois de Quero Ser John Malkovich, um best seller para que ele adaptasse. E ao falhar na missão de adaptar a história do livro, ele desenvolveu a história de um roteirista que não consegue adaptar esse mesmo best seller. E num dos passos criativos mais originais do cinema dos últimos tempos, inseriu a si mesmo no filme. Ele mesmo é o personagem principal, ele e todos os seus medos, inseguranças, incertezas, desistências e fraquezas. E ainda inventou um irmão gêmeo gentil e amoroso, que é tudo o que ele não é.

Kaufman ganharia o Oscar anos depois por Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças, mas por este aqui também foi indicado, junto com seu fictício irmão, Donald Kaufman, também creditado como roteirista. Este é um trabalho extremamente mais pessoal do que Brilho Eterno, aliás, possivelmente o roteiro mais pessoal jamais escrito. Ao expor suas angústias na tela, Kaufman se transforma num herói melancólico, que não consegue sair de sua prisão. Cria uma identidade fantástica com qualquer um que assiste, qualquer um que já se sentiu frustrado alguma vez na vida. E Kaufman não é o único talento responsável por isso. Há outros dois grandes responsáveis pelo filme funcionar.

Nicholas Cage, numa de suas últimas grandes atuações antes de entrar em um rodamoinho de péssimas produções, entrega sua alma e sua vontade na caricatura de Charlie Kaufman, tudo nas mãos de um dos grandes diretores dos últimos anos, Spike Jonze. E é a química entre essas duas forças que conduzem o filme do monólogo inicial ao final. Cage liberou-se de qualquer instinto próprio e decidiu deixar toda e qualquer decisão de atuação nas mãos de Jonze, e ambos criaram um personagem fabuloso. Que eu me lembre, só vi novamente essa paixão e esse cuidado nos olhos de Cage em Senhor Das Armas, e em mais nada. Assistir Adaptação faz você imaginar pra onde foi todo o talento de Cage, ou se ele simplesmente precisa pagar muitas contas.

Kaufman precisa escrever um roteiro sobre a vida de um contrabandista de flores, um caipira imponente interpretado pelo vencedor do Oscar pelo papel, Chris Cooper, e começa então a investigar a relação entre ele e a autora do best seller, interpretada por Meryll Streep, que aqui foge de clichês, e entrega outra atuação orgânica, de alguém que também precisa se libertar de sua própria prisão.

Uma das piadas internas que ele faz sobre o mundo do cinema é sobre a originalidade. Sobre o uso de clichês, sobre a falta de criatividade na hora de Hollywood criar histórias. E ao invés de se livrar de voice overs e Deus Ex Machina, ele as utiliza astutamente. Praticamente uma fanfarronice intrínsica, já que o próprio personagem é decidido a não usar tais recursos em sua história. O personagem interpretado por Brian Cox é o grande ponto para entender essa crítica a Hollywood. O cinema perdeu grande parte de sua criatividade, e ao invés de fazer coisas originais, cai em refilmagens ou adaptações (!!). O professor de roteiro que Cox interpreta mostra que Hollywood está sim lotado de clichês, mas isso não quer dizer que eles precisam ser usados de maneira tola.

Auto-referências, metalinguagem ao extremo, pequenos presentes de inteligência pela história toda. Esse é um filme tão belo, tão fresco, tão original que me deixa alegre ver que ele não é tão famoso. Um egoísmo tolo, de algo que poucos conhecem. Fico imaginando se ele fosse ganhador de algum prêmio mundial, o Oscar de melhor filme, e aí acabasse na boca do povo, a exemplo do excelente Quem Quer Ser Um Milionário, que iniciou um estúpido fascínio da sociedade pela cultura que retrata. É um filme muito cabeça, muito denso para todo mundo gostar, e gosto inclusive disso. Mas é pelo bem das mentes e dos corações que devo deixar de lado este estúpido sentimento de “é só meu”. É um filme precioso, e o ideal é que seja visto e apreciado por muitos.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

WTF AWARDS 7


Oh céus!

Foi tempo demais de descuido deste pobre descerebrado!

Estão prontos para mais estranhezas? Então vamos lá!

Que tal começar com isso:


Kitty Wigs! Um site que vende perucas! Para gatos! Você pode notar como esse felino ficou feliz por ter no que passar condicionador, não?

Depois, uma notícia um pouco antiga, mas não menos estranha. Ivete Sangalo vai virar desenho em CGI! E vai ser algo na linha de Star Wars!



Alguém aí enxergou o primo baiano do General Grievous fazendo "uma ponta" no filme?

E não é que a etnia favorita desse lado do Sketchtrash apareceu logo cedo neste dia de WTF Award?



Não que eu queira julgá-los. Tenho absoluta certeza que eles iriam fazer comentários pejorativos a qualquer povo que mantivesse no ar algo como Zorra Total.

Mas honestamente, eu nunca em toda minha vida sequer imaginei algo como isso:



Nem se misturassem geneticamente Elton John, Cóvis Bornay e Terry Gilliam teríamos algo tão bizarro. Isso vai além de comentários engraçados. Isso vai além de simplesmente torrar a paciência do Yuki. Meus colegas, o mesmo povo que nos deu Jaspion, Bushido, Eiji Yoshikaya, Final Fantasy, a Nintendo, Temakis, Godzilla, o alferes Sulu, entre outras coisas, por acaso nos deu isso aí também??

E mesmo assim tenho que concordar com um dos comentários disso no Youtube:

"Isso é mais másculo do que o Val Kilmer em Top Gun".

Amigos, espero que gostem! Este é um mundo estranho, vamos mantê-lo dessa forma!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Segundas-Feiras e a falta do que fazer - Postado na quarta...tamo chegando na data certa...


Segundas Feira e a falta do que fazer é uma mentira! Nós do SketchTrash temos é muita coisa pra fazer na segunda feira... vamos mudar esse nome logo logo. Mas enfim, de quinta postamos na quarta, logo chegaremos na segunda... Enfim:

Não é de hoje o nerd virou hype e coisas de nerd vem surgindo cada dia mais na internet. E como bem sabemos, é coisa de geek, é game time, é uma segunda feira e a falta do que fazer, mas é algo que adoramos o que esses caras fizeram.

A marca fabricante de skates e acessórios Freebord resolveu fazer um comercial viral interessante. Pegaram 36 skatistas que com armações de neon presos ao corpo fizeram uma simulação de um jogo de Tetris com luzes na escuridão de uma rua ladeira.

A idéia não é tão nova, já vimos isso em stopmotion dentro de um cinema e etc., mas o neon, os skatistas e etc fizeram uma arte bonita. O vídeo teve quinze mil acessos em 24h, sorte para a Freebord.



Quer conhecer a marca responsável pelo vídeo? Olha o site deles aí: www.freebord.com

Sinceramente, não sou um skatista fudido, mas ver os caras fazendo isso é bem legal. Sabe porque?!? Porque eu sou com certeza um gamer e sempre fui fã de tetris! Então, vamo jogar vídeo game e ser feliz!

Essa parada vi aqui

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Segundas-Feiras e a falta do que fazer - Postado na quinta... pra variar...


Não é de hoje que pessoas buscam fazer arte de forma diferente. Mesmo que releitura, o importante é mostrar técnica e etc. Pois bem, um grupo resolveu fazer diferente numa releitura da obra de Andy Warhol em homenagem à Marilin Monroe.

Sabe o que é que fizeram? Juntaram alguns atiradores de elite de paintball e planejaram uma tela bem grande para "pintar" a obra de Warhol com paintball. E sem brincadeira, ficou muito bom mesmo, pensando que foram vários atiradores atirando de uma vez.



O esquema foi produzido e organizado por 7 estudantes que vivem o Pop Art. Conheça mais sobre o esquema deles em www.bonyurt.com

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Novo jogo promete redimir Batman

Apesar de Batman ser popular em diversos meios de entretenimento, ele nunca conseguiu bons resultados no mundo dos videogames. Com a missão de reverter o placar, chega às lojas Batman: Arkham Asylum. O jogo é lançado para Xbox 360 e PlayStation 3, ambos com preço de R$ 279, e para o computador, por R$ 99.

Além da convencional, os fãs encontram uma edição de luxo para Xbox 360 e PlayStation 3. A versão conta com alguns itens extras, como um DVD com os bastidores da criação do game, fichas especiais sobre os presos do Asilo, download especial para uma fase extra e uma réplica do Batrang, e custa R$ 459,90. Já lançado nos mercados norte-americano e europeu, o jogo chega oficialmente ao Brasil no dia 18 (mas nada que complique a vida daqueles que não se importam com isso).

A história - com muitas características que remetem a graphic novel Asilo Arkham (1990), com enredo de Grant Morrison e ilustrações de Dave McKean - mostra o Coringa (com a voz do eterno Luke Skywalker, Mark Hammill - que o dublou também na famosa e fodástica animação da década de 90) sendo levado para o asilo Arkhan, onde estão presos os bandidos mais perigosos de Gotham City.

No macabro cenário, ele foge dos guardas e mostra que sua prisão foi toda planejada. O Palhaço do Crime inicia sua mais sinistra piada, obrigando o Cavaleiro das Trevas a enfrentar insanos inimigos que estão nos corredores do asilo e desejam se vingar.

O roteiro é de Paul Dini e o design é do Wildstorm Studios – pertencente ao veterano desenhista de quadrinhos Jim Lee. Os vídeos promocionais do jogo têm chamado a atenção do público e da mídia por causa dos gráficos realistas.

O destaque da aventura fica por conta das cenas de ação e do modo furtivo como Batman fica escondido no alto das fases, ou nos túneis de drenagem da prisão psiquiátrica, para fazer ataques-surpresa aos adversários.

Ainda não jogamos, mas o negócio parece estar BEM acima de tudo que o envolve o ramos dos videogames e o personagem de Bob Kane em toda a sua história. As críticas vem sendo positivas, elogiando o trabalho e colocando-o no patamar de 'melhor jogo do Batmam de todos os tempos'.

Como já dizia Silvio Santos: "Eu não joguei, mas minha mulher viu e disse que sensacional!" Enquanto fico vendo vídeos e mais vídeos do jogo, vou economizando para me juntar a massa consumista dos games da nova geração.

Para não perder o costume, segue aí um vídeo sobre Batman: Arkham Asylum.



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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Blue Man Group volta a São Paulo

Um dos grandes símbolos da cultura pop mundial são os grandes concertos de rock. Filho dessa cultura, o Blue Man Group (grupo homens azuis) retorna hoje a São Paulo para minitemporada no Credicard Hall até o dia 13. Os ingressos custam de R$ 60 a R$ 260. Eles estiveram no Brasil pela primeira vez em 2007.

(Fotos: Fernando Nonato)

As apresentações fazem parte da turnê Megastar World Tour, na qual o trio faz homenagem aos shows de rock. “Há seis anos, nos perguntamos o que aconteceria se o Blue Man Group estivesse em um concerto de rock. Nos baseamos na sensação de quando éramos garotos e fomos a apresentações desse tipo”, diz Ryan Scott, quarto componente do grupo e atual diretor de elenco do espetáculo. “Somos um grupo de teatro, mas o que apresentamos é a mistura de grande concerto de rock ‘n’ roll com comédia. É uma espécie de sátira desse tipo de vida.”

Para ter uma noção de como é o espetáculo, dá o play no vídeo abaixo.


Scott (abaixo, entre os homens azuis) trabalha na atração há 12 anos e comecou como um dos atores no palco. Depois, passou para a direção e hoje recruta e treina aspirantes a Blue Man. A formação dura em torno de seis a oito semanas e o diretor busca atores e músicos de qualidade, com boa expressão corporal e carisma.

Os ingredientes são encontrados no misterioso trio de performers. O início é marcado por um intrigante jogo de luz e brincadeiras com sombras em um gigante pano que cobre o palco. A música agitada, mantida por uma banda e dois cantores, se mistura com incomuns sons que o divertido trio retira de instrumentos feitos de PVC, antenas de fibra de vidro, cítaras, pianos desmontados e outros criados pelo próprio grupo.

Há ainda tambores que jorram tinta quando batucados. As apresentações abarcam música, vídeo, pintura, circo, teatro, animação, vaudeville e performance. Sempre sérios e pintados por uma tinta azul especial – que aparenta estar fresca o tempo todo – fazem do olhar dos atores o principal meio de contato com o público.

Segundo Scott, o público de cada país tem uma maneira de lidar com o trabalho. “Causa sensações diferentes em cada um. Nós buscamos essa conexão e tem sido gratificante.” Em sua segunda passagem pelo Brasil, o grupo prepara surpresas para quem assistir ao espetáculo. O quarto integrante revela que todos estão empolgados com o regresso para o País após dois anos e que decidiram nos homenagear. “Conhecemos a música brasileira e trabalhamos com ela. Vamos fazer um tributo a Roberto Carlos e à Copa do Mundo, que é uma das paixões do Brasil.”

Como eles irão incorporar os 50 anos de carreira do Perninha e a paixão dos brasileiros pelo futebol a seu espetáculo não sabemos, mas a competência para os criadores de uma das melhores performances do mundo faz com que a curiosidade seja mais um motivo para assisti-los ao vivo.

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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Restaurant Week em São Paulo




Galera esfomeada, começou a Restaurant Week.

E apesar do nome não é apenas uma semana! mas sim 2 semanas em que restaurantes de renome na cidade servem seus pratos por preços fixos!!!!

É uma boa oportunidade pra quem não tem grana pra pagar o valor que o restaurante costuma cobrar e também pra quem tem interesse em experimentar culinárias diferentes.

Durante os dias 31 de agosto até 13 de setembro de 2009, os restaurantes estarão servindo o almoço por R$27,50 e o jantar por R$39,00.

Uma pechinha!!! :)

Segue o link para o site oficial. Lá vocês podem obter a lista completa dos restaurantes participantes.

http://www.restaurantweek.com.br/

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Batman é tema de exposição em SP

O tempo passa até mesmo para os super-heróis, e Batman comemorou 70 anos em maio. Para homenagear o personagem e todo o universo dos quadrinhos, o Sesc Pompéia (Rua Clélia, 93. Tel.: 3871-7700. Aberto de 3ª a dom., das 10h às 19h) abre a exposição Herói de Papel Não Envelhece, repleta de revistas, vídeos, imagens e objetos relacionados ao Cavaleiro das Trevas e a seus amigos. A mostra segue até o dia 4 de outubro e é tudo grátis.

(fotos de Raphael Puglia - Sesc Pompéia)

"O Batman é o único que aguentaria essa pressão de unir a todos os personagens em um só evento", afirma o colecionador e pesquisador Alexandre Callari, responsável pela mostra. Todo o acervo de 102 revistas das quais 60 relacionadas ao homenageado pertence a Callari.

A exposição conta com revistas antigas, principalmente publicações das décadas de 1940 e 1950, até edições mais recentes. Destaque para o volume número 2 de Super-Homem, de 1947, da extinta editora Ebal. Ela marca a primeira aparição de Batman para o público brasileiro. À época, as histórias de diversos heróis eram compiladas em um só produto. Hoje, seu preço varia entre R$ 400 e R$ 500.


A fascinação pelas aventuras de Batman se deve muito ao aspecto psicológico do personagem. Segundo Callari, "o público se identifica com seu trauma pessoal e suas atitudes. O lado sombrio e a trama psicológica fascinam". O colecionador participa de um bate-papo sobre seu ídolo no dia 30 de setembro, às 19h30, com a professora Mary Anne Junqueira, do Departamento de História e do Instituto de Relações Internacionais da USP.

Os fãs também terão acesso a uma exposição cenográfica com objetos que marcaram os 70 anos da criação do desenhista norte-americano Bob Kane (1915-1998), caso do batfone vermelho, famoso por causa da série televisiva da década de 1970, e do batsinal (acima).

Um espaço destinado a reproduzir a batcaverna por meio de monitores de TV e imagens características abriga desenhos de grandes nomes da arte nacional, como os ilustradores Baptistão, Jal e Fernandes (abaixo).

Também já pertencentes à terceira idade, figuras como Tarzan, Zorro, Conan, Flash Gordon e Mandrake são relembrados no evento. Alguns deles ganham ilustrações especiais feitas pelo veterano Lourenço Mutarelli, um dos mais aclamados artistas brasileiros e grande figura do quadrinho nacional.

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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Reflexões da compra da Marvel



Foi "twitando" de que a "compra da Marvel pela Disney não chega a ser tão pior" que pensei em escrever uma breve reflexão sobre o ocorrido. Ainda no meu twitter, justifiquei que se fosse a DC, a Vertigo seria uma piada de perder respeito. Mas tudo tem se encaixado perfeitamente. Algo como alguém observar as evidências e dizer: - Era isso mesmo que poderia acontecer.
E a notícia que até então abalaria apenas os fãs de quadrinhos, foi pulverizada para praticamente todos veículos jornalísticos, desde Gazeta até Rede Globo, que dizia sempre ao final, da aprovação de público.
Coincidia com o fato de que crescemos, mas os gibis da Marvel não estavam mais me trazendo o frescor, principalmente quando mexeram nas origens de maneira que penderia ao cinema. Personagens foram desdobrados pro cinema, afinal a Marvel já não era filial da fox, era agora estúdio de cinema que vendia muito bem, basta notar Iron Man e Hulk.
Tudo uma questão mercadológica, do que se vende bem, ter uma parceira como a Disney, agora detentora dos valores, afinal a Disney sempre soube vender muito bem seus subprodutos como da Pixar.
É uma maneira também, de trazer os filhos bastardos pra baixo da asa. Fox por exemplo, tem um acordo de que se deve lançar a cada 2 anos algum filme de heróis que ela detém os direitos. Depois de intercalar X-men e Quarteto Fantástico, tiveram que tirar a força um Wolverine Origins pra não deixar de produzir e rolar a quebra do contrato. Mas isso até quando? Com certeza a Marvel vai querer trazer pra baixo do braço todas estas franquias espalhadas em mãos alheias.

Justiceiro que era um dos personagens mais pertos do que chamamos de um "Facismo do dia-a-dia" foi acalentado e modificado. Só "tentar" ler seus últimos quadrinhos ou ver o fiasco do último filme. E olha que este fiasco foi triplicado se for levar em consideração os dois erros do passado que chega a ter seus momentos interessantes, mas não convence com um nome de "Justiceiro".

A briga agora fica maior e com menos dicotomia. Marvel agora é Disney e continua sua briga com DC que é Warner, concorrentes de tempos atrás. A esta altura, entender isso, basta ler o texto mais lúcido desta questão escrito por Érico Assis.

Apesar de tudo, nós os fãs que temos como outorgar isso de maneira positiva ou não, resta esperar que as obras não saiam com uma espécie de censura, pois quando ha anos atrás saímos do cinema após a exibição de "Piratas do Caribe", se questionava sempre como a Disney teve o dom de produzir uma obra tão obscura, mesmo que alegre.


E eu creio que isso foi apenas potencializar forças e centralizá-las onde o poder de fogo é maior: nos produtos multi-midiáticos que vendem mais e acrescentam mais ao poder de majors, afinal, numa era de downloads, o gibi impresso tem se tornado algo absoleto.