sexta-feira, 30 de abril de 2010

Game da Copa do Mundo Aquece Fãs

Os fãs de futebol de todo o mundo aguardam com ansiedade o início da Copa do Mundo, no dia 11 de junho. Enquanto as equipes não entram em campo, o público pode se aquecer com 2010 Fifa World Cup South Africa, que chegou esta semana às lojas para Xbox 360, PlayStation 3, Wii e para o portátil PSP.

A franquia futebolística da Eletronic Arts é uma das mais esperadas do mercado a cada quatro anos. O game aproveita o trabalho de Fifa 10, da mesma produtora, e inclui cerca de uma centena de mudanças para trazer o principal torneio do popular esporte para o entretenimento eletrônico.

Com ótimos gráficos e boa jogabilidade, o jogo apresenta não apenas os esquadrões que estarão no continente africano, mas todas as 199 seleções que disputaram as eliminatórias para o Mundial. O tradicional modo World Cup recebe a companhia de outras possibilidades, casos de Be a Pro, quando se cria e acompanha seu próprio jogador.

É possível também mudar a história do futebol. O jogador pode tentar evitar a derrota francesa diante da Itália na final do torneio de 2006 ou fazer com a Irlanda dispute a Copa deste ano sem ter sido desclassificada graças a um gol de mão de Thierry Henry.

O game terá atualizações on-line por meio dos consoles conforme as seleções forem sendo convocadas até determinada data. Nos últimos anos, a série Fifa tem evoluído muito e, para muitos, ultrapassou o jogo Winning Eleven como o melhor do gênero.

Comparações a parte, as edições relativas as Copa do Mundo sempre são divertidas e 2010 Fifa World Cup South Africa não fica atrás. Se você não tem um dos games da nova geração (ou um PSP), pode dar uma olhada no que está perdendo neste trailer. Palpite da Copa: algo me diz que Espanha e Argentina irão para a final. Nesse caso, dá-lhe Espanha!!

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quarta-feira, 28 de abril de 2010

'Bad Boy' Ganha Nova Edição

Acaba de chegar às lojas uma nova edição de Bad Boy (Devir Livraria, R$ 23, 48 páginas). A publicação conta com roteiro de Frank Miller (da série Sin City e o popular Os 300 de Esparta) e as ilustrações ficam por conta de Simon Bisley (Halo: The Graphic Novel). A HQ tem como protagonista o pequeno Jason, que em muito lembra os traços do boneco Chuck, conhecido por sua participação na cinessérie Brinquedo Assassino.

Ele se encontra em uma realidade completamente estranha. Seus pais são atores que ele desconhece, macabros seres que misturam esqueletos e robôs cibernéticos o perseguem e o adorável gato Adolf lhe dá conselhos. Jason não sabe por que está ali, mas sua única certeza ­ além de querer um cigarro ­ é de que tudo ao seu redor está errado.

Como ele próprio diz: "Eu não sei nada". Os acontecimentos se desenrolam a partir do que parece ser uma de suas inúmeras tentativas de fuga desse mundo denominado Sacred Oaks, local livre de tudo que há de errado no restante do planeta. Na medida em que enfrenta problemas, o desbocado garotinho encontra forças na lembrança de sua amiguinha Rachel.

Apesar do personagem ser uma criança, Bad Boy não apresenta um roteiro infantil. A linguagem repleta de palavrões e cenas de violência ­ incluindo a agressão de um dos pais quanto a Jason ­ fazem jus ao material esperado pelo título sugestivo criado por Miller (que apresenta desenhos do conto feito por ele mesmo, abaixo). O autor faz dos questionamentos psicológicos do menino uma forma de análise da possibilidade dos problemas da sociedade serem resolvidos por meio de interferências tecnológicas.

A criação de um 'mundo perfeito' sem a presença de ódio, violência e drogas, entre outros males, esbarra na vontade do personagem principal de querer saber a verdade a qualquer custo, incluindo destruir foguetes e pular de um penhasco. As poucas páginas fazem com que o ritmo da história e da leitura seja intenso.

O tom frenético das ideias de Miller é muito bem acompanhado pelo trabalho de Bisley. Os desenhos têm o mínimo de detalhes, mas contam com traços suficientes para dar dramaticidade, suspense e agilidade à HQ britânica. Para os fãs de ilustrações e colecionadores, o livro traz artes especiais de ambos os artistas e ilustrações inacabadas, além da capa inédita especialmente pintada por Bisley.

Mas o enredo intenso não ganha um final à altura. O fim da trajetória de Jason deixa o leitor com curiosidade ao que virá depois da história. Quando pensamos que chegou a hora das perguntas serem respondidas, as respostas parecem ter ficado ainda mais distantes.

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Paródia do Mundo das Animações Marca 'Três Dedos'

As histórias das animações sempre levaram o público a uma realidade irresistivelmente harmoniosa e infantil. É complicado pensar como esses personagens carismáticos poderiam sobreviver no mundo real. Imaginando um universo no qual as figuras dos desenhos vivem em meio à sociedade comum é que surge Três Dedos - Um Escândalo Animado (Gal Editora, 144 págs., R$ 39,90) e sua proposta completamente chocante e divertida. Um trailer pode ser visto neste link.

Com texto e ilustrações do norte-americano Rich Koslowski, a graphic novel conta a história do cineasta Dizzy Walters, jovem do interior dos Estados Unidos que sonhava em trabalhar no mundo artístico de Holywod. Durante fase conturbada, ele conhece lugar frequentado pelos animados, animais capazes de falar como qualquer pessoa.

O destino faz com que conheça de forma inesperada o rato Rickey Rat. O novo amigo tinha enorme talento e carisma, o que fez com que Walters apostasse em seu potencial para abrir o próprio estúdio e iniciar as filmagens de uma série de trabalhos estrelados pelo Rickey.

O sucesso nos cinemas foi imediato e levou a dupla ao topo do show business. Mas a inusitada trajetória da união entre um humano e um animado fez com que a indústria cinematográfica começasse a pôr em dúvida o êxito de seu trabalho. Outras produções do gênero, agora conhecidas como 'animações', também foram lançadas, mas nenhuma era aceita pelo público se não fosse protagonizada por Rickey (abaixo).

Os questionamentos deram início a informações de que os novos atores animados estavam passando por misterioso ritual para tentar chegar ao estrelato e isso foi o início do declínio da carreira do ratinho astro.

O livro segue uma linha policial e documentarista. Fotos de arquivo, imagens exclusivas e relatos fazem com que os fatos sejam colocados à prova por figuras que estiveram envolvidas no escândalo que abalou o cinema entre as décadas de 1940 e 1950. As informações apresentadas levam até um desfecho - ou não -­ de uma das maiores lendas do mundo artístico.

O tom sério da HQ, publicada originalmente em 2001, nos faz esquecer por certos momentos que o tema abordado se refere a antigos desenhos animados. O estilo com o qual Koslowski trabalha surpreende o leitor pela abordagem inesperada. A publicação é recomendada para maiores de 16 anos.
Outro ponto acertado é a recriação de famosos ícones da cultura pop da pior forma possível. Não que os desenhos sejam ruins, mas dando a eles uma personalidade humana jamais esperada. Fica claro desde o começo que a brincadeira gira em torno do sucesso de Walt Disney (1901-1966) e seu império criado com a ajuda de Mickey Mouse. É impagável se deparar com as versões de Frangolino (Galonildo) (acima), Gaguinho (Engasguinho), Pernalonga (Pernalouca), Patolino (Patonildo) e Pluto (Júpiter), entre outros. Destaque para a união de universos da Disney e da Warner Bros., e a participação especial de astros como Marilyn Monroe (abaixo).

Na medida em que as entrevistas ocorrem, o leitor fica cada vez mais atiçado em saber do que se trata o chamado ritual que tanto falam e alguns preferem nem fazer comentários. A revelação acontece ao longo das páginas e deixa clara a escolha do enigmático título Três Dedos. A engraçada explicação do início do livro parece meio perdida, mas se mostra muito pertinente quando tudo começa a ser explicado.

O declínio de um popstar como Mickey Mouse é algo impossível de se imaginar e por isso a HQ se torna tão interessante e única. Uma das críticas internacionais que estão estampadas na contracapa diz: "Três Dedos é o que teríamos se Uma Cilada Para Roger Rabbit (1988) fosse dirigido por Oliver Stone". Rich Koslowski acerta ao parodiar o divertido universo das animações como se fosse um caso policial.

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terça-feira, 20 de abril de 2010

Heavy Rain Impressiona por Gráficos e Mais

A tecnologia e os meios de entretenimento sempre estiveram ligados, principalmente em relação aos games. O setor atinge atualmente um patamar jamais visto, com atrações tão realistas que podem ser confundidas com filmes cinematográficos.

A maior prova disso é o jogo Heavy Rain (Sony, R$ 199). Exclusivo para PlayStation 3, ele conta com gráficos impressionantes e inteligência artificial inovadora.

A história mostra um intrigante suspense policial em torno das ações do asasino Origami, conhecido por deixar sobre suas vítimas figuras de papel feitas por meio da arte oriental. Quatro personagens lidam com diversas complicações para tentar encontrar o misterioso criminoso. O tema e a presença de cenas fortes, incluindo de sexo, o classificam para maiores de 18 anos.

Apesar de já estar nas prateleiras há alguns anos, a nova geração de consoles parece estar descobrindo seu verdadeiro potencial somente agora. O realismo dos personagens é incrível.

O trabalho visual da empresa japonesa impressiona pelos detalhes em computação gráfica que são vistos ao longo de todo o jogo ­ e não somente em vídeos de divulgação. Fica complicado entender sem jogar, mas o vídeo de apresentação mostra bem como é o game. É só dar o play no trailer.



Outro detalhe que chama atenção em Heavy Rain é a possibilidade de mudar sua trajetória a todo o momento. Cada decisão tomada e ação feita influencia o andamento da história e leva os jogadores a um dos cerca de 20 finais possíveis da elaborada trama.

Algumas atualizações e packs de expansão para o jogo já foram lançados e trazem novas investigações a serem feitas. A ideia é fazer com que sempre exista novidades no mundos de Heavy Rain, misturando ação e o melhor que a computação gráfica pode apresentar.

São por jogos como esse que eu TENHO de ter um console da nova geração em casa (em especial, um PlayStation 3).

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sábado, 17 de abril de 2010

Remakes Tomam Conta dos Filmes de Terror

Suspense, perseguições, asasinatos e sangue, ­ muito sangue. Esses são itens que não podem faltar em um filme de terror. A lista com quesitos necessários para fazer jus ao tenebroso e popular gênero é conhecida pelos fãs e nunca é esquecida por estúdios cinematográficos.

Porém, ao invés de trazer tais elementos para novas histórias, parece que a indústria prefere apostar em formatos já consolidados. Holywood não gosta de perder tempo e, muito menos, dinheiro. A recente safra de produções voltadas a contos de terror não tem agradado a grande parte do público e da crítica, fazendo com que o cinema tenha apostado em refilmagens de clássicos do gênero.

O último a chegar às salas foi Halloween 2, de Rob Zombie. O filme, continuação do longa lançado em 2007 também sob a batuta de Zombie, tem como baseo roteiro da produção Halloween (1978), dirigida por John Carpenter e estrelada pela então novata Jamie Lee Curtis (Sexta-Feira Muito Louca).

Quem renasceu no século 21 foi O Lobisomem (acima), que acaba de deixar as salas. O ator Benicio Del Toro trabalhou durante anos para dar vida à criatura meio lobo, meio homem que surgiu nos cinemas no ano de 1941. Não à toa participou do projeto também como produtor.

Outro que se encaixa nessa leva é o mascarado Jason, protagonista de Sexta-Feira 13 (2009). O personagem estreou nos cinemas em 1980 e faz parte de uma das maiores franquias cinematográficas. Não com relação a sua qualidade, mas no tocante à quantidade de produções que contam com sua participação, que passam de dez.

A máquina de refilmagens de Hollywood está incansável e prepara estreias. A novidade fica por conta do lançamento de A Hora do Pesadelo, que chega aos cinemas brasileiros no dia 7 de maio e traz o macabro Freddy Krueger (Jackie Earle Haley) aterrorizando os sonhos dos jovens da Rua Elm. Para quem ainda não viu como andas a produção, segue um trailer do filme.



A escolha pode se justificar pelo fato de que uma nova geração de fãs apenas conhece os famosos títulos por meio de cópias em DVD e exibições na televisão. Apesar das interessantes histórias, os efeitos utilizados chegam a parecer um tanto quanto rústicos em relação às atuais possibilidades. Dessa forma, é divertido observar como ocorrem as mortes ­ desta vez, mais elaboradas ­ causadas pelo psicopata Michael Myers (abaixo), de Halloween, por exemplo.

Por outro lado, isso também pode significar a preguiça da indústria em ter ideias para enredos mais empolgantes. Nada mais simples do que economizar verba, pegar um roteiro pronto e remoldá-lo com boa pitada de suspense, perseguições, asasinatos e sangue ­ muito sangue.

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segunda-feira, 12 de abril de 2010

'Animaq' Traz Desenhos Animados de A a Z

Os desenhos animados têm marcado diversas gerações. Não à toa fazem parte de grande parte da infância e, por que não, de toda a nossa vida. Com o objetivo de catalogar essa divertida lembrança foi lançado Animaq - Almanaque dos Desenhos Animados (Matrix Editora, R$ 45, 320 páginas), que tenta traçar um panorama do gênero no Brasil.

"Fizemos um almanaque com um estilo de enciclopédia de A a Z", explica o jornalista Paulo Gustavo Pereira, responsável pelo projeto. "Quis reunir todos os seriados animados que passaram por aqui desde 1950 (quando a televisão chegou ao País) até hoje e tentar não deixar nenhum de fora."

O complicado levantamento demorou cerca de dois anos para ficar pronto e nasceu durante as pesquisas realizadas para o Almanaque dos Seriados (2008), do mesmo autor. No período, ele encontrou um site no qual existiam informações de uma grande gama de animações e resolveu guardá-lo para mais tarde. Quando a ideia foi aprovada, iniciou nova jornada atrás das mais diferentes atrações.

É possível conhecer um pouco sobre a octagenária Betty Boop, criada na década de 1930, mas que chegou às telas brasileiras em 1988 com o filme Uma Cilada Para Roger Rabbit, no qual faz participação. A produção é sensacional chama a atenção por misturar personagens de diferentes produtoras, casos da Warner Bros. e Disney, além do fato de misturar figuras animadas com atores reais em divertida história. Segue um trailer pra quem não conhece.



Outra curiosidade fica em torno da dupla Jambo e Ruivão, de 1957, tido como desenho precursor dos estúdios Hanna-Barbera.Doze anos mais tarde nasceria uma das franquias de maior sucesso no ramo: o carismático cachorro Scooby-Doo (abaixo). Além dos desenhos, o personagem já rendeu games e filmes para o cinema.

Na década de 1980, chegaria às telinhas as confusões de Os Simpsons. A aprovação do público é tamanha que não há planos para dar fim às suas temporadas. A trama envolvendo caçadores de recompensa em um mundo futurista ­ além da brilhante trilha sonora jazzística ­ deu fama ao animê Cowboy Bebop (abaixo). A mistura de ação ao som de jazz é muito bacana e qualquer episódio e seu filme são mais do que recomendáveis.

Os quase oito meses que foram precisos para escrever Animaq dividiram as emoções de Pereira. "Me deixou alucinado no ano passado, mas foi um trabalho muito divertido." Aos 51 anos, recorda das primeira vezes em que teve contato com os desenhos animados, quando tinha entre 5 e 6 anos.

Uma de suas principais lembranças é de juntar-se ao pai para acompanhar as aventuras de Jonny Quest (1964) nos sábados à tarde. Além de ser um guia para os fãs, o livro é cercado por um forte apelo emocional. Cada atração mostrada faz com que o leitor volte no tempo e relembre a época em que assistia à determinada animação. "Tive reações diferentes de diversas pessoas com o livro. É divertido observar como cada um lida com essas emoções", diz Pereira.

O jornalista recomenda que todos acompanhem desenhos animados e avisa: "Quem não assistiu a desenhos e não viveu bons momentos em frente à televisão, ou é serial killer ou se tornou político em Brasília." Fica o alerta e a dica de uma ótimo publicação sobre uma das mais queridas lembranças de nossas vidas: os desenhos animados.

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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Estagiários Protagonizam Caso de C.S.I.

A série televisa C.S.I. ­- Crime Scene Investigation é a mais popular do gênero policial. Semanalmente, novos episódios são apresentados mostrando a equipe especial de agentes tentando desvendar os mais complicados crimes. A atração é tão bem recebida pelo público que fez com que duas sucursais do seriado fossem abertas nas cidades de Nova York e em Miami.

Seu universo agora é expandido além da televisão e invade o mundo das histórias em quadrinhos, ou melhor, o mundo dos mangás com o lançamento de CSI: Investigação Criminal ­ - Estágio de Risco (NewPOP Editora, R$ 14, 160 páginas).

A publicação conta a história de um grupo de estagiários que acaba de passar por disputado processo de seleção do programa da polícia de Las Vegas para trabalhar como aprendizes dos representantes da divisão de investigação criminal. O foco do enredo gira em torno de Kiyomi, garota pobre que batalha muito para estar entre os cinco jovens que farão parte do projeto. O trabalho fará com que forme equipe com Damian, Christof, Kirin e Gregory.

Em meio a apresentação do local de trabalho do grupo e das aulas que tem junto a peritos como o Dr. Robbins, chefe dos médicos, e o detetive Gil Grissom, líder da unidade, é mostrado como eles lidam com sua nova vida. Alguns demonstram não ter estômago forte o bastante ao entrar em contato pelaprimeira vez com um cadáver, enquanto outros são fascinados pelos avançados aparelhos tecnológicos utilizados na resolução dos crimes.

O quinteto tem como primeira missão investigar o asasinato da jovem Greta Yates, que estava no primeiro ano do ensino médio e estudava no colégio Las Vegas, assim como todos os estagiários. O fato faz com que Kiyomi se sinta na responsabilidade de ajudara descobrir quem é o asasino, sendo que o crime poderia ter ocorrido com algum conhecido ou, até mesmo, com ela, além de ela se identificar com a vítima.
O grupo mostrará que não é de meros novatos em relação à investigação forense, estilo adotado pela unidade criminal que mistura ciência e leis e que analisa as inconsistências do comportamento humano. Eles furtam arquivos importantes,invadem salas de autópsia e observam detalhes que nem mesmo os verdadeiros CSIs conseguiram enxergar. As pistas os levam a conclusão de que alguém que tenha conhecimento sobre o método de investigação forense é o assassino.

Segue um trailer da publicação (detalhe para o fato das histórias em quadrinhos ganharem trailers nesses últimos tempos). É só apertar o play.



A HQ de origem norte-americana tem roteiro escrito por Sekou Hamilton e os desenhos ficam a cargo de Steve Cummings. A dupla aposta no tradicional estilo japonês devido a sua popularidade entre os leitores, mas todo o trabalho não justifica a escolha.

A protagonista Kiyomi poderia muito bem ter um nome ocidental. Entretanto, parece que a opção pelo projeto em mangá os obrigou a lhe dar uma identidade japonesa. As páginas em preto e branco chegam a atrapalhar em alguns momentos, como quando estão na cena do crime e fica difícil identificar o que é sangue e o que é sombra.

Destaque para o fato da presença de versões em quadrinhos de personagens conhecidos da série. Apesar de tudo, o enredo segue um pouco a linha do seriado televisivo e ajuda os leitores que não conhecem C.S.I. a terem uma leve noção do que se trata a atração. Claro que o caso é bem mais simples dos que os que são apresentados geralmente, porém nada que não seja de se esperar em uma história em quadrinhos para o público infantojuvenil.

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sábado, 3 de abril de 2010

Suspense em 'Invasão dos Mortos'

Histórias em quadrinhos geralmente são caracterizadas pela presença de super-heróis e mundos fantasiosos. Outra vertente pouco explorada é de contos mais obscuros. É por essa linha que segue Invasão dos Mortos (Gal Editora, R$ 29,90, 112 páginas), que mistura suspense e terror. Quem gosta de trailer pode conferir aqui o da HQ.

A história tem como protagonista Antoine Sharpe, que integra uma agência secreta do governo norte-americano especializada em lidar com assuntos ligados ao mundo sobrenatural. Ele é chamado para se unir à investigação sobre misteriosos acontecimentos que mostram um grupo cada vez maior de jovens que dizem não ser eles mesmos. Na verdade, adotam a personalidade de pessoas que estão mortas e estão de volta à vida.
Esses ‘mortos-vivos'' partem para a cidade de Winnipeg, no Canadá, e Sharpe deve descobrir o motivo. Para cuidar do caso, ele terá a ajuda da agente local Melissa Nguyen.
O roteiro é de Phil Hester, que já assinou trabalhos com personagens como o Arqueiro Verde e The Darkness. As ilustrações ficam a cargo de John McCrea (primeiros três capítulos) e Will Volley (última parte). É perceptível a mudança de traçoscom a saída e a entrada dos desenhistas junto ao projeto, mas nada que possa comprometer o trabalho.

A trama sobrenatural lembra muito histórias cinematográficas, mas parece cair muito bem nas páginas de Invasão dos Mortos. Os momentos de tensão conseguem prender a atenção do leitor até a última página.

Destaque para o protagonista. Sharpe não acredita em nada - inclusive em Deus - e custa a crer que os estranhos acontecimentos estejam por ser o início de uma grande invasão de almas ao mundo dos vivos. Seu ceticismo acaba sendo um ponto-chave para a conclusão do caso.
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