

A mostra traz ao Brasil centena de obras do homenageado, sendo que o acervo conta com ilustrações, pinturas a óleo, storyboards de filmes – entre eles Barbarella (1968), de Roger Vadim, do qual participou – e originais. A atração é gratuita e segue até o dia 11, de segunda a sexta, das 9h às 22h, e aos sábados, das 10h às 17h. Devido ao teor explícito do material, a exposição é restrita a público com idade acima de 16 anos.

A paixão pelas mulheres e pelos desenhos eróticos começou aos 20 anos, época na qual a sexualidade era de extrema importância para o então jovem quadrinista. “No homem, a pulsão não pode ser suprimida. Há a necessidade de se representar as ideias eróticas”, declara.

As deslumbrantes mulheres desenhadas pelo italiano podem ser vistas sem qualquer pudor nas páginas de Clic – Edição Completa (Conrad Editora, 242 páginas, R$ 74,90). A publicação especial reúne os quatro volumes da série, já lançados por aqui, que lhe deu fama em todo o mundo.

Outro livro que destaca o talento de Manara é Kamasutra (Conrad Editora, 72 páginas, R$ 44,90), no qual faz viagem influenciada pela literatura hindu. Nas páginas, as amigas Parvati e Lulu encontram por acidente um cinto mágico que guarda o espírito de Shiva. O contato com a entidade sobrenatural faz com que a dupla tenha de enfrentar quatro provas sexuais que as obrigam a colocar em práticas as milenares técnicas tântricas do famoso texto indiano do Kamasutra.


Apesar das polêmicas envolvendo o conteúdo explícito dos livros, Manara afirma que seu objetivo é apenas desenhar com paixão. “Se a resposta do público existir, o trabalho é erótico. Se não causar nada, é pornografia. Há a questão da postura. Quando a obra for feita com amor e paixão, ela será erótica e é isso o que faço.”
Após quatro décadas, a sensualidade da mente do Maestro ainda chama a atenção.
Após quatro décadas, a sensualidade da mente do Maestro ainda chama a atenção.
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