A linha tênue existente entre o erótico e o pornográfico é por onde gosta de trabalhar o quadrinista Milo Manara. Seus trabalhos com forte apelo sexual causam polêmica assim que são lançados e muito se discute sobre como caracterizar suas histórias em quadrinhos. O que não se pode questionar é a qualidade dos contos e dos traços que permeiam as diversas publicações nos mais de 40 anos de carreira do italiano.
“Devo tudo a uma grande combinação de eventos de sorte”, resumiu Manara sobre sua trajetória na abertura da exposição A mostra traz ao Brasil centena de obras do homenageado, sendo que o acervo conta com ilustrações, pinturas a óleo, storyboards de filmes – entre eles Barbarella (1968), de Roger Vadim, do qual participou – e originais. A atração é gratuita e segue até o dia 11, de segunda a sexta, das 9h às 22h, e aos sábados, das 10h às 17h. Devido ao teor explícito do material, a exposição é restrita a público com idade acima de 16 anos.
A ligação com as HQs se deve ao fato de que elas proporcionaram liberdade para suas ideias. “Encontrei nos quadrinhos verdadeira arte em série para me expressar. É uma forma narrativa que me deu existência na sociedade em massa”, justifica.A paixão pelas mulheres e pelos desenhos eróticos começou aos 20 anos, época na qual a sexualidade era de extrema importância para o então jovem quadrinista. “No homem, a pulsão não pode ser suprimida. Há a necessidade de se representar as ideias eróticas”, declara.
Hoje, aos 65 anos, Manara ainda busca modelos para suas personagens no cotidiano. “Não invento as mulheres, eu as encontro nas ruas. Me inspiro na realidade. Nas HQs, criamos pequeno elenco mental e as personagens precisam representar certos símbolos”, explica.As deslumbrantes mulheres desenhadas pelo italiano podem ser vistas sem qualquer pudor nas páginas de Clic – Edição Completa (Conrad Editora, 242 páginas, R$ 74,90). A publicação especial reúne os quatro volumes da série, já lançados por aqui, que lhe deu fama em todo o mundo.
Clic mostra as desventuras eróticas vividas pela burguesa Claudia Christiani e as confusões ocasionadas por um estranho aparelho que faz com que a dama se transforme em uma criatura com insaciável libido. Cada vez que o dispositivo é ativado, Claudia se entrega por completo a seus desejos reprimidos.Outro livro que destaca o talento de Manara é Kamasutra (Conrad Editora, 72 páginas, R$ 44,90), no qual faz viagem influenciada pela literatura hindu. Nas páginas, as amigas Parvati e Lulu encontram por acidente um cinto mágico que guarda o espírito de Shiva. O contato com a entidade sobrenatural faz com que a dupla tenha de enfrentar quatro provas sexuais que as obrigam a colocar em práticas as milenares técnicas tântricas do famoso texto indiano do Kamasutra.

Apesar das polêmicas envolvendo o conteúdo explícito dos livros, Manara afirma que seu objetivo é apenas desenhar com paixão. “Se a resposta do público existir, o trabalho é erótico. Se não causar nada, é pornografia. Há a questão da postura. Quando a obra for feita com amor e paixão, ela será erótica e é isso o que faço.”
Após quatro décadas, a sensualidade da mente do Maestro ainda chama a atenção.
Após quatro décadas, a sensualidade da mente do Maestro ainda chama a atenção.
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A produção com características de blockbuster marca o amadurecimento cinematográfico da série como a melhor adaptação dos contos para as telas.
Agora aos 17 anos, Harry aceita seu destino como peça fundamental para derrotar Voldemort (Ralph Fiennes), que está mais poderoso desde seu retorno. A morte do professor e mentor Dumbledore faz com que o jovem perca o porto seguro que tinha e o obriga a partir para o mundo atrás das Horcruxes, partes divididas da alma de Voldemort.
Todo esse enredo soa surreal demais, mas não deixa de ser divertido.
Momentos de ação - como os que ocorrem logo depois do letreiro do título surgir na tela - mantêm o ritmo frenético da história e pequenas situações cômicas, muitas delas protagonizadas por Rony (Rupert Grint), se complementam muito bem.
A fortuna que envolve tudo em torno de Harry Potter faz com que parte do público acredite que houve ganância por dos produtores com a ideia de dividir o derradeiro livro em duas adaptações cinematográficas. A resposta dada por David Yates foi de que haviam coisas importantes demais que não poderiam ser deixadas de fora.
Com aspecto de livro infantil, a publicação mostra que ainda há espaço para histórias minimamente interessantes.
Knox está disposto a enfrentar perigos para se tornar um guerreiro melhor do que seu irmão e Arroba sonha em deixar o avô orgulhoso ao manter a tradição da família ao ser um grande mago – além de estar cansado do corpo de porco que conseguiu graças a erro de uma poção.


Ele foi lançado nos Estados Unidos no final de outubro e já pode ser encontrado em lojas especializadas - além de suas cópias também estarem disponíveis no conhecido mercado paralelo. O grande diferencial para as edições anteriores e outros games é o acréscimo do teclado como instrumento a ser tocado.
O terceiro volume da série Rock Band conta com um total de 83 canções, que abrangem composições que fizeram sucesso nas décadas de 1960 até os anos 2000. O variado público do game não tem como não gostar de todas as faixas.
O repertório inicial pode ser aumentado por meio de downloads, sendo que a rede oficial do game disponibiliza para o público mais de 1.500 faixas para serem compradas online.

Mas a espera valeu a pena e a Disney disponibiliza o longa-metragem em diferentes formas. Em DVD, o público tem três opções: o DVD simples (R$ 44,90), o kit com DVD e camiseta infantil (R$ 54,90) e o box contendo dois DVDs e um CD com a trilha sonora do filme (R$ 54,90). 
Com direção de Gary Trousdale e Kirk Wise, a dupla também responsável por O Corcunda de Notre Dame (1996), o longa de 1991 venceu dois Oscar’s, incluindo o de melhor canção para a música título interpretada por Celine Dion e Peabo Bryson. O currículo também conta com o fato de que se trata da primeira animação a concorrer como melhor filme na prestigiada premiação norte-americana.
O público poderá escolher entre assisti-lo na forma original que foi apresentada nos cinemas em 1992 no Brasil ou em sua forma estendida, com o acréscimo da seqüência referente a música Ser Humano Outra Vez, que havia sido cortada do projeto e foi retomado no início dos anos 2000 como material inédito.
Outro material que chama a atenção é a perspectiva por meio de storyboards da cena em que a protagonista explora a gigante biblioteca do castelo e conhece novos personagens encantados. Para quem é fã do musical baseado em A Bela e a Fera, não deixe de assistir Início na Broadway, que mostra o sucesso da versão teatral – que também teve montagem no Brasil.


