Tudo pode acontecer em terras distantes, épocas muito longínquas e universos mágicos. As infinitas possibilidades apresentadas por cenários como esse dão vida à imaginação dos autores de histórias em quadrinhos e foi o que ocorreu na cabeça de Jonatas Tobias, autor de Cogumelos ao Entardecer (Devir Livraria, R$ 44, 112 páginas).
Com aspecto de livro infantil, a publicação mostra que ainda há espaço para histórias minimamente interessantes.
Morando na pequena Vila de Aipo, Knox e Arroba não veem a hora de deixarem de ser crianças para chegar à vida adulta. O desejo dos amigos pode ser realizado se encontrarem os lendários cogumelos mágicos que, ao serem comidos, concede à pessoa qualquer coisa que quiser.
A aventura da dupla os leva a conhecer o corrupto mercador Lowgow-Jo e a perigosa Princesa. Esta última é responsável por levá-los ao Vale dos Cogumelos Mágicos e peça-chave no enigma por trás das misteriosas frutificações.
Os problemas enfrentados por Knox e Arroba podem não ser tão perigosos para quem já está acostumado com o mundo das HQs, mas a simplicidade do enredo criado por Jonatas Tobias – que também é responsável pelos traços – chama a atenção.
Cogumelos ao Entardecer traz pontos comuns a outros contos destinados ao público infantojuvenil, mas o enredo traz pequenas reviravoltas que o deixam muito mais atraente do que seus ‘concorrentes’.
A mistura entre seres incríveis, momentos de ação e uma lição de moral ao fim deve agradar aos pequenos leitores, enquanto a honestidade do autor não causará repulsa nos fãs mais maduros das histórias em quadrinhos.
As ilustrações chamam a atenção, sendo que o desenvolvimento da história segue com um estilo finalizado e a pausa entre os acontecimentos contam com traços mais leves e artísticos.
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