terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Um Astro Chamado James Dean

 
A passagem de James Dean (1931-1955) pelo universo do cinema foi curta, mas importante o bastante para movimentar toda uma geração nos anos 1950 e colocar seu nome entre as maiores estrelas de Hollywood de todos os tempos. O topete estiloso, a cara séria e a atitude de um típico bad boy (em frente e longe das câmeras) ajudaram a construir a imagem do que hoje é considerado um inquestionável ícone cultural.
Seis décadas depois de sua morte, o Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Álvares Penteado, 112. Tel.: 3113-3651), em São Paulo, celebra seu legado na mostra Eternamente Jovem – Retrospectiva James Dean. A programação começa amanhã com reunião de títulos estrelados pelo ator norte-americano e produções que se aventuraram a tentar traduzir todo um fenômeno construído nas costas de um rapaz de 24 anos. Os ingressos custam entre R$ 2 (meia-entrada) e R$ 4 e as atividades seguem até dia 16 de quarta a segunda-feira.
Entrarão em cartaz um total de 38 produções realizadas entre 1951 e os anos 2000. “As pessoas sempre falam sobre os mesmos três filmes famosos (Vidas Amargas e Juventude Transviada, ambos de 1955, e Assim Caminha a Humanidade, de 1956), mas ele já havia construído uma forte carreira nos teatros filmados que passavam na TV dos Estados Unidos. James já chegou ao cinema como um ator pronto. Coloquei essas obras para desmistificar um pouco essa ideia de astro de poucos filmes”, explica o jornalista carioca Mário Abbade, curador da retrospectiva. “Também separei documentários interessantes que exploram o James por diversos ângulos. Quis pegar e disponibilizar o máximo possível de informações para que o público pudesse ter acesso a muitas coisas que circulam seu universo. É preciso fazer um bom recorte.”
Abbade tem pesquisado a vida e obra de James Dean há 30 anos. Para a montagem da mostra, ele separou alguns itens a serem exibidos em película de 35 mm nas telonas. Entre os destaques da programação estão um dos encontros do astro com a também icônica Elizabeth Taylor (1932-2011) no drama Um Lugar ao Sol (1951); James Dean, o Mito Sobrevive (1982), no qual mulheres de um fã-clube recordam histórias sobre o ídolo; e a cinebiografia James Dean (2001), com o ator James Franco (abaixo) dando vida ao homenageado.
A curta carreira não para de gerar falsas verdades e questionáveis mentiras em torno do saudoso galã. “Muitas histórias não são comprovadas e pouco se sabe o que é realmente legítimo sobre ele. Cada descoberta acaba por gerar outro material. Descobri que o James deveria ter mais de 400 vidas para fazer tudo o que falam. O mito cresce em torno dessas dúvidas. É parte da graça”, afirma o curador.
Toda a programação e mais informações sobre a mostra Eternamente Jovem estão na página da unidade da Capital no site do centro cultural.

Nenhum comentário: