terça-feira, 24 de março de 2009

Na onda do Blu-Ray

Uma das novas ondas da tecnologia é a busca por imagens em alta definição. Para suportar arquivos de filmes que correspondem a esse tipo de entretenimento foi criado o Blu-Ray. Ele é o único compatível com a resolução de 1080p, somente encontrada em monitores da nova geração de televisores. "Muitos já ouviram falar, mas poucos conhecem de verdade o que é e o que significa o Blu-ray", comenta o diretor geral da Sony Pictures, Wilson Cabral.

Segue aí um vídeo bem maluco sobre o famigerado raio azul que inspirou o nome do tecnológico do momento.



Nascida em 2003 pelas mãos da Sony, a mídia enfrentou concorrência com o HD-DVD, da Toshiba. Mas a briga teve fim no início do ano passado, quando o outro formato parou de ser desenvolvido. Considerada a tecnologia padrão para vídeos em alta definição, o Blu-ray possui capacidade total de 25 GB para armazenar informações, enquanto o DVD mais avançado tem apenas oito GB. Quanto mais informações guardadas, melhor será o som e a imagem apresentados.

Apesar da qualidade, o alto preço tem assustado os consumidores. O aparelho não é encontrado por menos de R$ 999 (preço promocional do aparelho da Tec-Toy, o primeiro a ser feito no Brasil) e o preço dos filmes ocila entre R$ 70 e R$ 100. Os três dígitos são fruto da importação dos produtos, que ainda não são produzidos no Brasil.

(alguns dizem que, quando tudo for produzido por aqui, as coisas irão ficar baratas, mas acho isso beeeeeeeeeeeeem difícil viu....)


Por enquanto, a oferta de títulos no formato está longe da apresentada em DVD. Mas a tendência é o crescimento. A Sony, por exemplo, lançou mais de 100 filmes no ano passado e se prepara para jogar no mercado, neste ano, mais de 140 produções. Já a Universal Pictures foi mais modesta e trouxe para o público menos de dez títulos em 2008. "Trazemos os lançamentos com maior potencial de público e alguns catálogos de sucesso. O volume hoje é baixo por causa da baixa demanda", diz Marcelo Bermudez, diretor de marketing da Universal. Outra grande empresa que também se movimenta, de olho neste mercado, é a Fox Filmes, que lançou 50 filmes até este mês e promete mais 35 após abril.

Foto: Celso Luiz


Tanto Cabral quanto Bermudez afirmam que a popularização da nova tecnologia irá levar mais alguns anos. Segundo Cabral, "depende do volume de vendas de aparelhos que estão a seu redor, como os leitores de blu-ray e as TVs de alta definição".

O mercado para a nova mídia deve explodir somente daqui a alguns anos, quando o preço de toda a aparelhagem necessária para o uso de seu potencial máximo estiver com um preço mais acessível. “Acreditamos que o Blu-Ray irá ser um grande vendedor no futuro e que vai decolar a partir de 2010. Todos o equipamento vai cair o preço e, quando isso acontecer, a novidade vai junto. Toda as condições são favoráveis para isso”, comenta Bermudez. Ele também explica que o público alvo ainda é bem restrito. “Os volumes são pequenos e estamos colocando os produtos em lojas mais específicas. Primeiramente estamos indo atrás do pessoal que investe e é fã de alta tecnologia. É um público bem seleto.”

Cabral também afirma a existência desse nicho específico, mas lembra que o próximo passo da indústria é levar o produto mais perto das pessoas e do consumo em massa. Segundo ele, “É importante dar visibilidade. A novidade gera curiosidade, e a curiosidade pode gerar a compra”.
O preço salgado para se comprar atrações em Blu-ray surge como uma boa opção para aquecer o mercado de locação. "


Além de trazer a novidade, o Blu-ray é uma mídia que torna novamente viável a locação", explica Antonio Marcos Zanos, gerente da rede Video In, de São Bernardo. A loja começou a investir na mídia no final de 2008 e tem cerca de 20 títulos em seu acervo. O investimento na tecnologia mostra que o local está antenado com as novidades. "É um investimento a médio e longo prazo. Temos esse tipo de filme agora para satisfazer o cliente e para que ele tenha uma motivação para mudar de aparelho."

Apesar de otimista em relação à novidade ele confessa que esse processo de migração de tecnologias será muito lento, principalmente pelo fato das pessoas terem começado a investir no DVD há pouco tempo e de que o pouco espaço de tempo entre ele e o Blu-Ray não torna tudo isso um choque cultural/econônimo.

Quer ter uma noção da mídia, dá uma olhada nesse vídeo estiloso.



Pelo o que senti, todos pareceram bem coerentes quanto ao que ocorre no mercado e foram bem realistas em ver que o alto preço ainda é um grande obstáculo para que os brasileiros dêem as boas-vindas de uma vez por todas para o Blu-Ray. Apesar de apostarem no nosso mercado, tudo isso não passa de uma aposta, Se quisessem que as coisas funcionassem bem, todas essas novidades eletrônicas – não só o BR, mas também, e principalmente, os vídeo-games – seriam produzidas aqui há muuuuuuito tempo atrás. Mas quem sou eu para dar palpite em relação ao futuro mercadológico e tecnológico brasileiro?

See You in The Other Post

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